No panteão dos super-heróis,
Superman é o mais reconhecido e reverenciado personagem de todos os tempos.
Clark Kent/Kal-El (Henry Cavill) é um jornalista de vinte e tantos anos que se
sente alienado por poderes além da sua imaginação. Transportado anos antes de
Krypton, um planeta distante e muito mais avançado, para a Terra, Clark luta
com a questão derradeira, 'Por que estou aqui?'. Moldado pelos valores dos seus
pais adotivos, Martha (Diane Lane) e Jonathan Kent (Kevin Costner), Clark
descobre que ter habilidades extraordinárias significa tomar difíceis decisões.
Quando o mundo precisa desesperadamente de estabilidade, uma ameaça ainda maior
surge. Clark precisa se tornar o Homem de Aço, para proteger as pessoas que ama
e brilhar como o guia para a esperança do mundo - o Superman.
Zack
Snyder está entre meus diretores favoritos. Claro que não no
nível A+, onde estão Scorsese, Tarantino, Kubrick, entre outros, mas em um
lugar bem especial. Snyder sempre chamou
minha atenção por possuir uma assinatura visual muito forte e muito
interessante. Em 300, por exemplo, a qualidade visual é tudo, diferente de
obras como “Cães de Aluguel”, que se sustentam apenas pelo roteiro, onde a
técnica cinematográfica em si é um mero detalhe. “O Homem de Aço” é um filme
onde eu não consegui enxergar a assinatura do diretor que tanto gosto(pode ser
vergonhoso, mas eu queria ver o Superman em slow
motion), não que isso seja um demérito, mas significa algo, se bom ou ruim:
veremos.
O filme começa com uma
representação de Krypton que é densa,
sombria, e visualmente deslumbrante – característica de Snyder. Os acontecimentos iniciais explicam satisfatoriamente o
envio do pequeno Kal-El à terra, e os
questionamentos eventualmente suscitados são respondidos em um momento mais à
frente.
Após uma excelente
introdução, somos apresentados a um Clark Kent já adulto, procurando respostas,
procurando sua própria identidade. Em paralelo, flash back’s mostram momentos chave de sua infância e adolescência.
São trechos curtos, bem filmados, e que poderiam ser mais explorados em
detrimento das longas sequências de ação que vêm a seguir.
O momento em que
Clark/Kal-El encontra as respostas pelas quais ansiou por toda sua vida é bom,
e responde perguntas que o espectador também se faz nos primeiros minutos de
projeção. O modo como ele conhece a repórter Louis Lane também é interessante,
se diferenciando da história narrada nos filmes clássicos, tornando-a mais
verossímil.
A partir daí, a ameaça,
representada pelo fanático General Zod, toma conta do filme até o fim. Então a
crise de identidade do protagonista é deixada em segundo plano, e somos tomados
de assalto por uma sequencia de sequências de ação desenfreada por um longo
período. O que mantêm a qualidade do filme é a maestria como tais cenas de ação
são conduzidas, com uma técnica competente, as sequencias empolgam, são bem
executadas e exibidas em um visual claro e belo. Mérito do diretor.
O desfecho é bom e deixa uma
esperança de um filme da Liga da Justiça com a direção de Snyder.
O Homem de Aço não é um
filme excepcional como outras obras do diretor, mas é um bom filme, e mostra
que Zack Snyder sabe fazer um filme
grandioso, sabe destruir uma cidade de uma forma visualmente agradável, e sabe
que cuecas são usadas por baixo das calças e não o contrário.
Que venha Man of Steel II.
Veja o Trailer e vá ao
cinema AGORA!
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