CAPÍTULO 2: A Equipe
A escolha da
equipe de trabalho pode ser o ponto chave responsável pelo fracasso ou sucesso
de uma empreitada.
A regra de ouro é
não abrir mão de pelo menos 6 envolvidos que se encaixem nos padrões, conforme
abaixo:
1. Engenheiro à Profissional responsável pelo projeto e
acompanhamento da obra. É primordial que seja uma pessoa de absoluta confiança,
de preferência com algum tipo de segredo escuso.
O engenheiro deve ser
facilmente manipulável, seja por chantagem, ameaça à vida de familiares ou
qualquer outro meio de eficácia garantida. O profissional deve, também, ter
conhecimento técnico apurado, de modo a convencer possíveis agentes honestos do
governo que por ventura venham a questionar as despesas da obra.
2. Relações
púbicas à O profissional de relações públicas,
normalmente, é o assistente pessoal e confidente do administrador. Deve possuir
desenvoltura e boa fluência verbal. Ele será o responsável por tornar púbica a
obra, e, por meio de propagadas e outras ações de marketing, despertar o desejo
dos eleitores por aquele projeto, e convencê-los de que a execução é complexa e
dispendiosa, mas, contudo, essencial e valiosa.
3. Empresário à Como já vimos anteriormente, a empresa ou consórcio
responsável pela execução da obra deve estar de acordo com o superfaturamento
e, preferencialmente, encontrar-se em posição de vulnerabilidade financeira e/ou
jurídica. O responsável pela entidade deve ser escolhido a dedo, de forma que a
informação não vaze e, ainda, que ele não tente ludibriar o administrador com o
intuito de aumentar seus ganhos.
Deve ser dada uma porcentagem generosa, no entanto, concessões além do
combinado na são aconselháveis, pois podem despertar no empresário uma falsa sensação
de poder, o que, em alguns casos, tem consequências trágicas.
4. Fornecedor à E fundamental que o fornecedor de matéria prima
esteja de conluio com o superfaturamento. Evidentemente, quanto menos ele
souber, melhor. No entanto, esse elemento fornecera matérias de baixíssima
qualidade e preço exageradamente baixo, e emitirá documentos fiscais de
produtos de alta qualidade e de custo muito alto. Lembrando que sobre o preço
real do produto descrito na nota acrescenta-se uma pequena porcentagem, como
meio de aumentar os ganhos.
O fornecedor deve ser aliciado por meio de terceiros associados, e jamais
ter vínculo direto com o administrador ou seus assistentes.
5. Jornalista à Ter em sua equipe de trabalho um
jornalista empregado em um veículo de grande abrangência é um detalhe omitido
por muitos administradores, e sua importância, apesar de vilipendiada, é muito
grande.
O jornalista, a exemplo do fornecedor, deve ser recrutado por terceiros
de confiança. Sua função primordial é de noticiar a obra e sua evolução de
maneira tendenciosa. Porém, deve fazê-lo discretamente. Sendo assim, esse
profissional, além de corruptível deve ser competente e talentoso em seu ofício,
de modo que sua colaboração não seja percebida, e, se percebida, seja legalmente
inimputável.
6. Bode
Expiatório à A figura do bode expiatório é uma das mais
importantes, apesar de ser preferencial que ela não seja necessária.
O bode deve estar ligado diretamente às atividades do empreendimento,
sua função deve ser publicamente importante, embora na prática isso não seja
necessário. Esse profissional precisa ser uma pessoa com um bom currículo,
honesta e, principalmente, ingênua.
Se o bode tiver qualquer traço de desconfiança para com a execução da
obra, sua função estará comprometida.
Seu papel no projeto é de levar a culpa caso uma investigação revele as
irregularidades financeiras na administração do projeto. O bode, então, será apontado
como principal suspeito, devido a uma série de documentos que o mesmo assinou
sem tomar conhecimento aprofundado de seu teor (mas adiante falaremos sobre técnicas
utilizadas para fazer outra pessoa assinar documentos sem ler).
RESUMO
Aprendemos neste capítulo que a escolha da equipe é uma etapa muito
importante para que sua obra superfaturada renda bons frutos.
Tomamos conhecimento, ainda, que, além de aliados diretamente ligados
ao empreendimento, é importante a figura de um jornalista que ajudará na
imagem, tanto do administrador quanto da obra.
Por fim, tratamos da figura do bode expiatório, uma espécie de seguro
para eventuais vazamentos de informações e investigações bem sucedidas.
No próximo capítulo
trataremos da formação e manutenção do círculo de confiança.
Se preferir, leia abaixo ou baixe o arquivo pdf AQUI.
hummmm, acho que conheço esse senhor da foto de algum lugar, kkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirnossa, estou adorando essa coluna, Samuel. É aquele tipo de coisa que seeeeeempre sabemos que acontece, mas ler qualquer coisa a respeito nunca deixa de ser um tapa na cara, rs