Pobre Ana.
Aos dezesseis anos, já
no fim da puberdade, não havia desenvolvido a cintura ou os seios assim como as
demais meninas. Os garotos corriam e se arrastavam no desejo de tocar a pele
macia de um seio, ou experimentar o tato das curvas de uma cintura. Mas com Ana,
eles jamais conseguiriam isto.
Os dons de Ana não eram
visíveis, principalmente em público. Suas paixões estavam presas em livros, o
que fazia doer menos o fato de não ter amigos... Até que conheceu Cris.
Editora: KANNAK
Gênero: Horror, Aventura
Ano: 2014
Páginas: 23
VIOLADA PELO DEMÔNIO
Relatos de horror por um autor porra-louca
PUTA QUE PARIU!
Pode parecer rude, talvez de mau gosto, ou apenas estúpido,
mas é assim que essa resenha deve começar, com um belo palavrão dito de boca
cheia. Após ler o conto, você vai entender. Se você conhece o autor das redes
sociais, tenho certeza que já entendeu. Antes de entrar no que interessa, cabe
ressaltar que John “Devil” Pope (ou “João, o Papa Diabo”) é uma das figuras
mais insanas (e por isso, divertida) que vagam pela internet.
“Violada pelo demônio” começa descrevendo a rotina de Ana,
pobre Ana, uma adolescente excluída, diferente dos outros, que se refugia nos
livros. Mas algumas coisas mudam quando uma nova jovem chega à sua escola.
Cris.
“Além disso os livros também eram o seu
escudo, ela não precisava olhar ou falar com ninguém enquanto estava lendo...”
As “gracinhas” postadas pelo autor nas redes sociais me
levaram a crer que encontraria uma história gore, abundando sangue e tripas
para todos os lados, coisas que não me agradam. Ainda assim, decidi ler, por
curiosidade e pela porra-louquice do autor. No entanto, o que encontrei foi uma
história muito interessante e bem narrada. A trama se desenrola e garante
coisas bizarras e surpreendentes.
“...Quem você acha que o Devil Pope é?
— Sei lá, um cara normal.. Sabe? (...)
— Ah, fala sério! Eu acho que ele deve ser um daqueles
satanistas.”
O texto é muito gostoso de ler, e os diálogos fluidos e
verossímeis. Cris é uma maquina de soltar palavrões, e é isso que dá veracidade
à personagem. Os rumos que a história toma surpreendem e me agradaram bastante.
O “dom” da pequena Ana é uma bizarrice genial.
“ — Eu já vi chamarem buceta de muita coisa, agora “dom”
foi a primeira vez.”
O final é digno de uma história clássica de terror, e deixa
um gostinho de quero mais. A vontade que tive é de ter em mãos um romance
completo desse insano escritor.
Recomendo a todos aqueles que não têm medo do Demônio.
Saiba mais sobre o louco autor em http://devilpope.blogspot.com.br/
Conheça outras obras do autor AQUI.
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