O Castelo das Águias é
um lugar especial. Localizado nas Terras Férteis de Athelgard, região habitada
por homens e elfos, abriga uma surpreendente Escola de Magia, onde os
aprendizes devem se iniciar nas artes dos bardos e dos saltimbancos antes de
qualquer encanto ou ritual.
Apesar de sua
juventude, Anna de Bryke aceita o desafio de se tornar a nova Mestra de Sagas
do Castelo. Aprende os princípios da Magia da Forma e do Pensamento e tem a
oportunidade de conhecer pessoas como o idealizador da Escola, Mestre Camdell;
Urien, o professor de Música; Lara, uma maga frágil e enigmática, e o austero
Kieran de Scyllix, o guardião das águias que mantêm um forte elo místico com os
moradores do Castelo.
Enquanto se habitua à
nova vida e descobre em Kieran um poço de sentimentos confusos e turbulentos,
uma exigência do Conselho de Guerra das Terras Férteis põe em risco a vida e a
liberdade das águias. Com o apoio de Kieran, Anna lutará para preservá-las,
desvendando uma trama de conspiração e segredos que envolvem importantes magos
do Castelo.
Editora:
Draco
Gênero: Fantasia
Ano: 2011
Páginas: 192
O Castelo das águias
é o primeiro romance de uma série da escritora Ana Lúcia Merege, passado no
mundo ficcional de Athelgard.
O Castelo das Águias
A magia está em todos nós
Sempre me deparei com esse livro na internet, todas as vezes
sendo alvo de muitos elogios. Ao lê-lo, posso atestar que nenhum deles é
exagero. Ana criou um universo novo, cheio de magia e diversidade cultural, com
influência em diversas obras e mundos, mas com uma identidade própria e
marcante.
A narrativa é elegante sem ser prolixa ou ininteligível, a
trama se desenvolve em ritmo harmonioso. Somos apresentados a um grande número
de personagens, com características distintas, cada qual com seu carisma. Claro
que eu me confundi com tantos nomes, e alguns personagens se misturaram na
minha cabeça, mas isso é uma deficiência minha, e não um problema da obra. Além
disso, em nada me atrapalhou ou diminuiu meu prazer durante a leitura.
A trama, apesar de tratar da luta entre o bem e o mal, que é
algo denso (eu acho), tem grande leveza, e a narração em primeira pessoa
contribui para uma leitura mais dinâmica. Anna, a protagonista, está em um
período de descobertas, e o leitor vive com ela cada momento, amadurecendo e
aprendendo com a personagem.
Há um belo romance, que mostra as fragilidades da
protagonista, sem medo de ressaltar sua imaturidade. Além da representação de
valores como honra, amizade e cooperação. A relação com as águias também é
tratada de forma interessante, e pode ser vista como uma analogia a muitos
vícios que a nossa humanidade mantém e se recusa a expurgar.
O final é o esperado, mas nem por isso perde seu brilho. As
palavras estão todas onde deveriam estar, o que torna tudo mais atraente. O
epílogo encerra de forma singela, deixando uma vontade de acompanhar os
acontecimentos mais um pouco, o que não acontece. Melhor assim, pois estimula a
imaginação do leitor a fluir por caminhos inesperados, quiçá inexplorados.
Leitura recomendada para os amantes de fantasia e
apreciadores de um texto escrito com competência e bom gosto. Leia!
Saiba mais em: http://castelodasaguias.blogspot.com.br
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