Criei este blog recentemente com
o intuito de divulgar minha opinião sobre livros e filmes, ou qualquer outro
meio de se contar uma boa história. No entanto, na noite de ontem, ao assistir despretensiosamente
ao jornal nacional, uma noticia em especial deixou-me severamente alarmado: “Protesto contra o casamento gay e o abortoreúne milhares em Brasília”.


Qualquer religião que realmente
se preocupe em agradar a Deus e buscar a paz entre os seus filhos precisa, indubitavelmente,
ser pautada no amor e na tolerância. Eu, sinceramente, sou incapaz de entender
como se agrada a Deus subindo em um palanque e gritando injúrias contra aqueles
que se encontram fora de seu círculo, levando em consideração apenas as
diferenças e omitindo cruelmente as semelhanças.
Na matéria citada, o pastor Silas
Malafaia declara em alto em bom som, na sua incapacidade de se expressar sem
gritar: “Minoria não pode calar maioria.
Isto é estado democrático de direito. O direito de um grupo social não pode
cercear o dos outros. Eu não quero privilégio para evangélicos, mas também não
aceito privilégio para gay”.
Sem entrar no mérito do quanto
sua declaração é absurda, e do quanto se assemelha à fala de ditadores, déspotas,
governantes tiranos e fanáticos religiosos, a exemplo de Adolf Hitler, que
também convencia a multidões repetindo mentiras exaustivamente até que soassem
como verdades, sinto-me na necessidade de explicar ao senhor Malafaia uma
coisa: a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo significa que
casais homossexuais poderão ter sua união reconhecida legalmente e não, como
talvez o referido pastor possa ter entendido, que será obrigatório para todas
as pessoas. Sendo assim, os religiosos que escondem sua preferência homossexual
poderão permanecer no armário e assediando fieis em quartos escuros após os
cultos.
Quanto ao argumento utilizado
pelos líderes do movimento, que afirmam que a união entre pessoas do mesmo sexo
é uma afronta à família e o prenúncio de sua destruição, vale ressaltar que
diversos casais homossexuais, apesar dos entraves jurídicos e burocráticos, têm
filhos adotivos –e até biológicos- muito bem criados, que se tornam adultos
admiráveis, pois foram educados sob os preceitos do amor, da compaixão e da
TOLERÂNCIA. Enquanto centenas de casais heterossexuais, muitos frequentadores
assíduos de igrejas, sustentam famílias desestruturadas, que se agridem física e
verbalmente, e que fazem florescer filhos desajustados, mal educados e que não
sabem o que significa ser amados por seus pais.
Desejo salientar que as críticas
aqui expostas expressam minha opinião pessoal e nada mais, e que respeito a
liberdade de expressão e todas as formas de religião, desde que visem o bem
comum, a paz, e o amor entre as pessoas, sem distinção de raça, cor, credo ou
qualquer critério subjetivo que possa ser apontado.
A única coisa que importa é que
as pessoas se amem e que se façam felizes, o resto só serve para causar discórdia,
tristeza e desunião.
A intolerância é absolutamente intolerável,
e aquele que recrimina o que não conhece é refém de sua própria ignorância.
UAU!
ResponderExcluirAdorei Samuel! Falou tudo o que eu penso também.
bjus