Numa cidadezinha nos confins
dos Estados Unidos, esquecida pelo resto do mundo, garota estranha chega de
fora e é hostilizada pelas outras meninas, mas um jovem e inquieto “mocinho”
por ela se apaixona e blá blá blá blá...
É exatamente o que se espera
nos primeiros minutos de Dezesseis Luas, mas, graças a Deus, não é exatamente
isso que vemos nos mais de 120 minutos de filme que se seguem. Apoiada por um
bom elenco, não podemos dizer que a obra é algo genial, ou indispensável. No
entanto, saí na frente de outras do gênero por não apresentar personagens
idealizados e extremamente chatos como já estamos acostumados a ver.
Ethan Wate está longe de ser
perfeito, aliás, ele não é bonito, não se veste bem, e apesar de estar sempre
acompanhado de um livro (banido pela igreja), não é o maior exemplo de
inteligência. Além do mais, é estranho e sua voz de taquara rachada completa o
conjunto bizarro. Já Lena, é igualmente estranha, com um jeito gótico e
introspectivo, no entanto, de uma forma doce e frágil.
Apesar de um roteiro cheio
de furos, o filme é capaz de divertir com eficácia, com um protagonista cínico
e cheio de tiradas sarcásticas nada corretas.
Os clichês de uma cidade
típica do interior cheio de donas de casa desocupadas, e adolescentes com
quinze anos de idade que acreditam saber o que é o amor incomodam um pouco, mas
só um pouquinho.
Dezesseis Luas não é o tipo
de filme que se quer rever antes mesmo de os créditos finais terminarem, mas
está longe de ser uma cópia de outra franquia de sucesso, o que já é por si só
um grande mérito
Veja o trailer: